terça-feira, 31 de julho de 2012

Assuntos para falar com crianças antes de dormir...



1º Como correu o teu dia?
Talvez já tenha dito alguma coisa sobre o dia antes, mas quando perguntamos esperando uma resposta, há sempre alguma coisa de relevância que eles nos contam. Se for irrelevante não interessa, ouvimos com o mesmo interesse, porque tudo na vida dos nossos filhos nos interessa, não é?!

2º Como correu o recreio?
É nessa altura que as crianças inter-ajem com os colegas, e as brincadeiras propiciam confrontos, ou uniões com outros amigos. As brincadeiras são reveladoras de muitos aspectos dos nossos filhos e dos outros meninos. Porque nos interessa também ir conhecendo os colegas dos nossos filhos, ainda que seja indirectamente.

3º Falar de quando ele(a) era bebé.
As crianças adoram que lhes contemos detalhes dos primeiros dias, semanas e meses de vida. Porque eles não se recordam e porque com as nossas lembranças eles vão construindo uma imagem sobre eles mesmos; de quanto já eram amados pelos pais.

4º Contar histórias dele(a) de quando era criança pequenina.
Episódios engraçados que os envolvem, provando a agilidade, curiosidade, inteligência e sentido de humor são muito apreciados por todas as crianças. São motivo de orgulho e alegria.

5º Contar histórias de família. 
É muito importante para as crianças construírem mentalmente  a sua história familiar, de forma a compreender as pessoas que constituem a família. De forma a compreenderem-se a eles mesmos. E as histórias dos parentes que os precederam são muito importantes. Assim como daqueles com quem ainda partilham a vida.

6º Rezar.
Não precisa de ser uma oração religiosa, no conceito mais rigoroso da palavra; pode ser uma frase dirigida a Deus, mas também aos anjo, ou às fadas, ou aos duendes, a uma qualquer entidade benigna que desejar. Um agradecimento pelo dia que passou, e um pedido de protecção para durante a noite. Estas palavras tranquilizam a mente de forma a adormecer sem medos.

7º Fazer declarações de amor.
Muitas vezes durante o dia, a pressa, os horários para cumprir, e as tarefas rotineiras fazem-nos esquecer as palavras que julgamos menos necessárias, como o "amo-te muito". No entanto, estas palavras mágicas devem ser ditas diariamente. Para que no final do dia, apesar de ter acontecido alguma coisa menos boa, fique claro que os amamos. 

8º Explicar conversas.
Por vezes, entre adultos há conversas que as crianças captam inadevetidamente. Não é nada com elas, porém sendo assunto que lhes fica na mente, e lhes causa confusão, devemos conversar sobre o assunto e esclarecer as dúvidas. Utilizando as palavras adequadas para cada idade, claro. 


9º Explicar situações.
A falta de tempo durante o dia proporciona muitos lapsos  de comunicação. Frequentemente, nós, mães, pais e educadores impomos vontades contrárias às das nossas crianças, que não são devidamente explicadas na altura. Na hora de dormir, é bom repescar essa determinada situação, e explicar o porquê da nossa decisão. Eu acredito muito na explicação dada às crianças; porque ainda que seja para legitimar a nossa opção, as crianças têm uma enorme capacidade de compreensão. Aliás, eu acredito muito, mesmo muito, na comunicação.  


10º Exercitar a auto-estima.
Há crianças com alta e baixa auto-estima, tenho um par destes nas antípodas! E há dias, em que a auto-estima fica mais em baixo, devido a algum problema que aconteceu durante o dia. Ou abalada, com algum acontecimento que terá lugar no dia seguinte, como um teste. Então, depois de tudo, fazemos uma cantilena para promover a auto-estima. A mãe diz, o filho repete: eu sou inteligente, eu sou capaz, eu sou gentil, eu estou tranquilo, etc. Seja o que for que a criança está a precisar de ouvir. 

 Se querem saber mais visitem este BLOG (fui lá espreitar (retirar)), a bloguista fala deste assunto de uma maneira prática e interessante! Vale a pena espreitar!

Tudo de bom!

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Reutilizar caixas de ovos

Basta puxar pela imaginação!


















(As imagens foram retiradas da WEB caso encontre aqui algum trabalho feito por SI faça o favor de me avisar que terei todo o gosto em identificá-lo.)

Tudo de Bom!

domingo, 29 de julho de 2012

A flor e a borboleta...


A Flor e a Borboleta



Uma borboleta, vestida de amarelo e violeta, voava no céu sem fim… - Voa voa borboleta, gritava uma pequena flor de jardim! Voa até aqui, dá-me um beijinho e fica sentada ao pé de mim! A borboleta lá lhe fez a vontade e as duas ficaram na amena cavaqueira a contar histórias do tempo da gata borralheira. E no final a borboleta perguntou: - Flor, gostas de mim? A flor respondeu: - Siiiim, seja de azul, branco ou cor de marfim…



Marilyn Lourenço  

Desafio: histórias em 77 palavras! Aceita?

Encontrei este BLOG enquanto navegava no imenso oceano que é a WEB... assim que li e reli o blog, pus mãos a obra.... e criei esta HISTÓRIA (fui eu que a fiz).




Acho este desafio muito interessante e pode-se fazer em casa (com os filhos sobrinhos, netos, irmãos, vizinhos,família), na  escola, no ATL, na pré- escola ou no jardim de infância, numa instituição que trabalha com a população idosa ou com pessoas especiais =), pois os autores poderão ver a  sua pequena obra publicada no blog!


Mais ideias? Podem imprimir a história, ilustra-la e fazer pequenos livrinhos quando tiverem histórias de todos os membros da família!

O que acham? Toca  a experimentar! Aceitem o desafio!

BLOG: http://77palavras.blogspot.pt


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Let the Games begin...

Hoje é a abertura oficial dos Jogos Olímpicos de Londres 2012.




Força e muita sorte para  os 77 elementos da comitiva portuguesa!



Tudo de bom!

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Massa de modelar com gelatina.


Querem saber como fazer massa de modelar com gelatina? Esta é uma receita muito criativa e simples que você poderá preparar em casa ou na escola com os seus filhos,netos, alunos.  Eles vão adorar brincar com ela.
Esta receita não possui nenhum ingrediente que possa ser tóxico para eles, tudo ingredientes comestíveis (bem uma maneira de dizer), podendo assim brincar a vontade...


Materiais:

Para cada cor de massinha

  • 1 xícara de farinha de trigo
  • 1 xícara de água quente
  • 2 colherinhas de sal
  • 2 colherinhas de cremor tártaro
  • 2 colherinhas de óleo
  • 1 pacote de gelatina de 85 gramas

Faça clique aqui no Passo a Passo  para ver como se faz!


Ajudas:

O que é cremor tártaro.
Poderá comprar cremor tártaro aqui ou noutra loja que venda produtos para bolos...

Tudo de bom...

Feliz Dia dos Avós


Tudo de bom!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Espreitem! Iogurtes de M&M

Vou experimentar fazer esta receita com a iogurteira cá de casa, mas até a fazer.... fica aqui a ideia para vocês experimentarem também....

Iogurte m&m’s

1l de leite fresco gordo

1 iogurte natural

2 colheres de sopa de leite em pó

50g de açúcar (a gosto)

300g de m&m’s ®


Ferver o leite com o leite em pó e o açúcar. Deixar arrefecer.
Quando estiver morno (máx.37ºC) coar o leite e juntar o iogurte e mexer muito bem com um fouet.
Separar 12 m&m’s por cores e colocar uma cor por cada copo. Encher os copos com o leite e levar à iogurteira cerca de 10h. Depois desse tempo colocar de imediato no frigorífico no mínimo 6h.


Só para vos abrir o apetite aqui fica umas imagens maravilhosas...





Receita e Imagens retiradas deste blog

Tudo de bom!


Bom Dia Alegria!



Fui espreitar aqui.

Tudo de bom!


terça-feira, 24 de julho de 2012

O dia dos avós está a chegar...

Dia 26 de Julho (5ª feira) comemora-se o Dia dos Avós... celebra-se neste dia por ser o Dia de Santa Ana e de São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus.






Decidi presentear-vos com uma crónica do psicólogo Eduardo Sá... 


"Quando for grande, vou ser avô"

Eduardo Sá


"(...) há avós que são pais duas vezes. São arrojados e sóbrios e casam bondade com autoridade. É verdade que são ainda melhores pais quando se tornam avós. Na verdade, os pais aprendem a ser pais á medida que são educados pelos filhos. É claro que também dão aos netos mais, ainda, do que deram aos filhos. Estes avós são muito menos egocêntricos do que os pais, E perdem a vergonha de abraçar, de se comover, ou de dizerem «gosto de ti!», e trocam uma ida ao cinema pela correria de um neto, de braços abertos, em direcção a si. E percebem que a sopa nunca é uma questão essencial das confusões de um jantar, mas o lado birrento das crianças/atropelado pelo dos pais) que, numa tontice, desatam num braço de ferro sem fim.
Há avós que tentam ser pais pela primeira vez, mas o melhor que conseguem é comportar-se como se fossem tios...um pouco mais velhos. Todas as patifarias que uma criança ainda não imaginou já eles a deixaram fazer. No fundo, comportam-se como crianças assustadas: imaginam que os melhores amigos das crianças são aqueles que exilam todos os «nãos» num pais distante ou que põem todas as regras agrilhoadas numa galáxia que fique a anos-luz da Via láctea. Estes avós - reconheço – não são fáceis. Porque instalam lá em casa democracias do proletariado, e porque disputam o amor dos pais, nalgumas circunstâncias, com as crianças. E não só o amor: também regras. (por outras palavras, sempre que os pais dizem as crianças «se tens duvida em relação a quem manda em ti, quando estamos com os avos, é o pai e a mãe»! falam para elas e para estes avos. e pior! Têm uma coligação de amuos difícil de gerir...) é claro que, muitas vezes, os pais reagem de inveja contra estes avos. Porque, pelos cuidados que dispensam aos netos, os pais não deixam de imaginar os cuidados que receberam deles. Imaginam mais do que recordam. E isso faz com que os filhos lhes tragam, de volta, os pais que não tiveram.
E há muitos avós que nem com os netos tentam ser pais pela primeira vez.
Invejam a vida das crianças, sentem que o sorriso delas exagera decibéis, acham a bondade dos pais para com elas como um prenúncio de uma guerra civil para os bons costumes, e exigem boa educação aos netos quando são os primeiros mal-educados.
Felizes os netos que têm os primeiros e os segundos (mesmo que esses sejam avós só aos bocadinhos)!"
Notícias magazine 7 Ago. 2005

Texto retirado daqui.


                                                             

                                               Imagem da Crónica








segunda-feira, 23 de julho de 2012

Uma casinha reutilizada para a bonecada!

Influenciada por  blogs e facebooks lá fiz esta casinha com uma garrafa de amaciador para roupa, mas dá para fazer com garrafas de lixívia, garrafões de água e afins...

 Houve alguém que adorou e fez questão de a usar como deve ser =)

Em seguida o passo a passo!






 Depois é só decorar consoante a imaginação...Por cá pintou-se com tintas, pincéis e dedos =)



Tudo de bom e sejam criativos!

Reutilizar (parte 1)

Fundo de garrafa de plástico

caixas de cartão

fundo de garrafas de plástico

disco de vinil (depois de aquecido é fácil de moldar)

 garrafas de plástico dos mais variados tipos


(imagens retiradas da internet)

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Conversando com Pais Criativos, Filhos Felizes!

Esta é a primeira entrevista de muitas que pretendo fazer e colocar neste blog. Hoje vou entrevistar Pais Criativos, Filhos Felizes da  bloguista Andreia Vidal.
Conheci este blog quando uma vez pesquisava sobre co-sleeping… desde aí que sou uma visita regular…
Este é o blog Pais Criativos, Filhos Felizes: http://www.paiscriativos.blogspot.pt/
Por detrás deste blog encontra-se Andreia Vidal, mãe e educadora, passou grande parte da sua infância a desenhar e a inventar as mais fantásticas histórias ao som da máquina de costura da avó. Todo o seu percurso académico esteve ligado às artes, e, após trabalhar como voluntária num centro de crianças de risco em Barcelona, apaixonou-se pela educação. Decidiu tirar a licenciatura em educação de infância na ESEIMU, e com isso, ligar as artes à pedagogia. É ainda pós-graduada em Livro Infantil pela Universidade Católica de Lisboa. Com o nascimento do seu filho, a sua criatividade encontrou um novo rumo: criou uma marca de bonecos de pano originais, únicos e feitos à mão pela própria: os Gingubas. Foi o seu trabalho como educadora que a fez perceber a importância das atividades criativas na vida e no desenvolvimento das crianças.
Autora do livro 365 Atividades para Fazer com os seus Filhos (publicado recentemente), trata-se um livro de atividades, uma para cada dia do ano. Para fazer na sala, na casa de banho, na cama, na cozinha ou ao ar livre. Em dias tristes de chuva ou de sol radioso. Usando tintas de várias cores, pincéis, papel, tesoura, farinha, cola, molas, latas e muitos outros materiais recicláveis…, ou simplesmente a vossa imaginação. Para as férias e dias especiais. Para cantar, pô-los a dançar ou a pensar. Estimulando a curiosidade, as suas competências cognitivas e o crescimento emocional das crianças. Para realizar em cinco ou dez minutos ou durante uma tarde inteira. Um convite irrecusável para pais e filhos brincarem, se divertirem e passarem bons momentos juntos.



A Pozinhos de Perlimpompum esteve a conversa com ela….
O blog nasceu no dia 10 de Maio de 2011 com um post sobre a Carta dos direitos das Crianças a Brincar e desde aí nunca mais parou de postar….
Segundo, a autora do blog “Este blog nasceu fruto do meu trabalho de pesquisa para o livro "365 atividades para fazer com os seus filhos", quis perceber se as pessoas se irião interessar pelo tema e qual seria a reação, e na verdade o blog têm sido uma verdadeira surpresa porque em pouco tempo tornou-se conhecido e passagem diária de vários pais e mães, coisa que muito me alegra!”
Escolheu o nome Pais Criativos, Filhos Felizes porque  “O nome é exatamente a mensagem que eu quero passar : Pais criativos filhos felizes. Acredito mesmo, mesmo nisso! Sou educadora de infância e observo todos os dias o poder que as atividades criativas têm nas crianças. Além de aprenderem muito diversas temáticas deixa-as felizes!” 
Crê na máxima que dá título ao seu blog? Acredito muitíssimo! Além disso acho que a criatividade é uma competência importantíssima e que pode e deve ser estimulada desde a infância. No futuro os nossos filhos só vão ganhar em serem criativos, é uma mais valia sem dúvida!”
A própria afirma que o blog foi uma mais-valia na sua vida, pois “O blog trouxe proximidade com pessoas que não conhecia. E ajuda muito no meu trabalho diário. As pessoas através dele podem ver o tipo de educadora e mãe que sou, é sem dúvida uma mais valia muito grande!”
Das centenas de mensagens que postou “Não sei propriamente dizer uma ideia que gostei mais, mas vou destacar a que postei ontem, onde conto a história de uma professora primária que ficou desempregada e usou a criatividade como arma para o desemprego! Eu acredito que a criatividade pode realmente fazer a diferença nestes casos e é um fator determinante para termos sucesso profissional.
 O livro 365 atividades para fazer com os seus filhossurgiu da vontade de partilhar com os pais atividades que todos podem fazer com os seus filhos. Atividades variadas desde jogos, rituais, artes plásticas, crafts, culinárias, recicláveis, voluntariado...o livro engloba tudo isto e oferece aos pais "receitas" de atividades muito divertidas, fáceis de fazer por qualquer pessoa e muito estimulantes para a criança! Acho que o livro vai ajudar muitos pais a passarem tempo de qualidade com os seus filhos!
Este é, portanto um blog que sigo e que vos venho a dar a conhecer (caso ainda não saibam da existência dele). Espero que passem por lá e gostem dele tanto quanto eu.
Obrigada Pais Criativos, Filhos Felizes (Andreia Vidal)
Muito sucesso e tudo de bom! =)


sábado, 14 de julho de 2012

Pessoas que inspiram...

Existem pessoas que nos inspiram de variadas maneiras....A Ana Mesquita de Guimarães inspira-me devido a sua criatividade, a sua simpatia, a sua generosidade em partilhar o que sabe e o que faz, seja pelo facebook, seja pelos workshops, seja pelo  CWV ou por quem convive diariamente com ela!

Aqui estão alguns dos seus trabalhos realizados num WS no Porto...Fantoches feitos com material muito acessível!







 

Poderão ver trabalhos fantásticos e acessíveis.

Sejam Criativos!

Para princesas!


Bandoletes com as figuras das princesas (feitas em fitas)!

(imagem retirada da web)

Sejam Criativos!

Para miúdos e graúdos!

As vezes as coisas mais simples resultam muito bem  e são adorados por todos! Aqui vai um lanchinho especial para miúdos e graúdos!



Imagens retiradas do facebook de Fátima Lieb!

Sejam Criativos!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Para meninas e mamãs vaidosas!

                                                               (imagem retirada da net)

Fácil e barato! Para meninas e  mamãs vaidosas!

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Para fazer....

Olá!

As férias chegaram... o tempo não está muito convidativo para ir para a praia...e os miúdos já começam a ficar cansados!!!!!! O que fazer?

O seu filho/a está doente? Como tornar a estadia em casa e a sua recuperação mais rápida?

Avó e Avô, toca a por mãos a obra e vamos lá criar coisas com os netinhos (as)...

Apresento algumas imagens de onde podem tirar ideias e deixar a vossa imaginação fluir... Aproveitem cada minuto com os vossos filhos. netos, sobrinhos,primos, irmãos! É sempre um tempo muito bem passado e não se esqueçam...o tempo não volta atrás....


Os materiais são baratos e encontram-nos facilmente em casa e em qualquer papelaria!
                         
    (rolos de papel, cartolina, tesoura, cola, tintas, pincéis, fitas, lã)




                                     




 Imagens retiradas da internet. Pesquisem rolos de papel e aparecerão mil e uma imagens =)

Tudo de bom e toca a criar =)

                                     

terça-feira, 10 de julho de 2012

Amor de Mãe



 Crónica de Eduardo de Sá, longa mas interessante de ler, como Mãe revi-me em algumas coisas.... Ser Mãe...foi a melhor coisa que me aconteceu...mudou para muito melhor a minha vida e sou certamente uma melhor pessoa...Vale a pena ler...percam uns minutinhos! 




Amor de Mãe

1. Há, acerca do amor, muitos slogans. Mas sobre o amor de mãe há muitos mais. Convencionou-se que todas as grávidas ficam bonitas e luminosas, no olhar. E que não estão nem gordas nem panentas. (Ascendem, unicamente, a uma condição celestial.) Diz-se que uma gravidez será, obrigatoriamente, um «estado interessante». E que uma grávida nunca fica redondinha mas, antes, que traz o «rei na barriga». Convencionou-se que o amor de mãe será um nível avançado do instinto maternal e que, por isso, não há mulher que não exulte com a maternidade. Porque (como, por vezes, se supõe), mais do que ser feliz, todas as mulheres sonham ser mães.
Ora, não é verdade que todas as grávidas fiquem bonitas e luminosas. Não é verdade que tragam o «rei na barriga» e que não se sintam, muitas vezes, ali entre o feio e o desinteressante. E não é verdade que todas as mulheres suspirem por ser mães (sobretudo, em consequência das filhas que foram). E que o amor de mãe seja um topo de gama do amor, ao qual todas as mulheres, movidas por um sexto sentido (que, supostamente, as equipa de base) não deixam de chegar.

2. Começando pelo princípio, nem todas as mulheres são boas pessoas. No sentido de serem bonitas, bondosas e verdadeiras. Ao mesmo tempo. E isso faz toda a diferença quando se trata de amar. Muitas são violentas no olhar e nos gestos e, por mais que se contenham, sempre que se sentem frustradas, falam com picos no tom da voz. E magoam com palavras e com os olhos. Muitas são opacas no que sentem. Ou angustiadas e agitáveis. Ou narcísicas demais. Ou, de tão tristes, a lonjura dos seus olhos só agride. Sempre que uma mulher se perde nos sofrimentos e, por despeito, os vive só em si (pode ser, até, vistosa e sedutora) mas não é nem amável nem amante. E pode não ser, só por isso, nem boa pessoa nem boa mãe. (Imagino que, a esta hora, esteja a comentar, para si, que poucas mulheres serão perfeitas. E não foi bem isso que eu disse. Quis, antes, dizer que não é verdade que todas as mulheres sejam assim tão bonitas, por dentro, como gostaríamos. E que, se for assim, por mais que, para bastantes, uma gravidez puxe pelo que têm de melhor, nem mesmo para essas isso garantirá que se tornem, a partir daí, pessoas mais bonitas. E, muito menos, boas mães).
E, depois, nem todas as mulheres convivem com alguém que corporize o seu amor. Muitas têm junto de si a pessoa que se aventurou, em primeiro lugar, a pedi-las em namoro. Muitas não se reconhecem nos gestos e na sensibilidade do pai dos seus filhos (e, com condescendência, presumem que ele gostará delas, unicamente, "à sua maneira"). Muitas adormecem os filhos, anos a fio, não tanto para os sossegarem dos
maus sonhos mas para se pouparem do pesadelo com quem foram dormindo. Muitas estão longe de ver no pai das crianças alguém que (também ele) seja amável e que seja amante. Em resumo, a maioria das mulheres sente-se mal amada. E, por melhor pessoa que ela seja, mãe mal-amada é pior mãe.

Para piorar, é verdade que a maioria das gravidezes são acidentais. E que, grande parte delas, são (num primeiro momento) indesejadas. Talvez por isso, uma gravidez comece mais depressa no útero que na cabeça duma mãe. Sendo assim, uma gravidez na cabeça quase nunca terá nove meses. Tudo isso porque entre saber que está grávida, escutar o coração do bebé, vê-lo (entre interferências) numa ecografia, e senti-lo, aos
pontapés, na barriga, passa algum tempo. À luz dos tempos duma gravidez, grande parte dos bebés será, para o coração da mãe, um bocadinho prematuro. Ora, amor de mãe, resignado ou contrafeito, não é bem amor. É um dia de bruma à procura do sol.

3. E, depois, há os sobressaltos duma gravidez. Uma análise, ou outra, assim-assim. O desejo de viver só para a gravidez e o de querer, sobretudo, trabalhar.
Tudo ao mesmo tempo. As dúvidas de desejar o bebé e o sufoco de as guardar só para si. Ou, quando muito, de falar delas pelo cansaço com que se lamuria, pelo apetite que dispara ou pelas dores de cabeça ou das costas que nunca desistem. E as outras mulheres que, ora acarinham quem está grávida, ora trazem um episódio, mais ou menos anguloso, que (se era para proteger) só atormenta. E a mãe e a sogra da grávida que não exultaram, intensamente, com a notícia da gravidez, e que - nos comentários, no nome do bebé e nas roupinha que escolhem - parecem jogar sempre na tripla quando era de esperar que fossem carinhosas, isentas e parciais. E o pai do bebé, mais terno com ele do que a mãe. E a sexualidade na gravidez que balança entre o desejo, à procura da paixão, e a cisma que há um outro, por ali, mais ou menos a ver.

E há o parto. E a sensação que ninguém avisa sobre quase nada. E que, provavelmente, ninguém percebe que não era preciso que uma mulher se visse afastada de parte do seu erotismo e, desde logo, privada de pêlos púbicos. E, a seguir, se sentisse profundamente sozinha, entre dores e contracções e mais dores, de seguida. E, alguém que lhe grita, no frenesi duma sala de partos: «Pare de puxar!», quando só se queria fugir, muito depressa, para longe dali. E, depois, há um: «Está quase! Vá! Só mais um bocadinho!». E o mundo parece que pára. E há um gemido que se atravessa. E o sentimento que não é verdade que um bebé seja um menino Jesus. É a mãe que, a partir dali, se sente Deus só para ele. E o pai do bebé, que chora, com vergonha. Mas que não ama quem mais devia ser amada. E, de repente, tudo aquilo que sabíamos sobre o amor, afinal, era verdade.

Entretanto, tudo palpita mais devagar. E o bebé adormece. E já não está nem vermelhusco nem inchado. E suspira - «meu Deus, ele suspira!» - de mãos fechadas. E o olhar fica extasiado ao vê-lo a dormir. «Estará a respirar?» Mas, de seguida, há uma enfermeira que ralha em vez de ensinar. E uma greta no peito, que dói. E ele engasga-se! E, será, que «o leite presta? Ora, mãe, não diga asneiras!". («Mãe?... Mas eu não sou uma função! Só queria colo!...»- pensa ela.) E, depois, há as horas das visitas. «Onde está o meu filho mais velho?
Ninguém mo trouxe?» Ele aí está: «0lha o mano, meu querido!» (Mas quem aceita passar de 100% de mãe para 30, mal medidos?) E há um entrar e sair que nunca pára.

E o pai do bebé? Porque é que ele só vem com as visitas e não reside ao pé dos dois?

E, de seguida, de regresso a casa, as pessoas entram e saem, para ver o bebé. E há um irmão que, logo que viu o aninhado, juntinho da mãe, pára (de espanto) e foge, a seguir. E a sensação de que o bebé não pesa, nos braços. E o mesmo sentimento de estar mais sozinha por dentro, muitas vezes, outra vez. Como é possível que o amor seja celestial no meio da dor?

4. Eu acho que há quem fale da depressão pós-parto como se fosse um estado que atinge 10% das mães. Mas não é verdade. 10% fala dele. Os outros 90 vivem-no com vergonha. Como é possível que uma mulher durma, meses a fio, em franjas de duas horas e, apesar disso, não deixe de ter um ar imaculado de bondade? Como é possível que se sinta esgotada - e mais ou menos em falta - e, ao mesmo tempo, ser empática e atenta?

Como é possível ser indiferente aos mimos que escasseiam e que, dantes, seriam (sobretudo) para si?
Como é possível afastar todos os episódios assim-assim do crescimento se, de repente, os sente a cair, um a um, sobre a cabeça? Como é possível não ficar alegre e triste quando o bebé, dormindo como um - logo que a mãe se afasta, para tomar um café - desperta e grita, como quem diz: «Mas isto... faz-se?» E como é possível não se pôr num «descubra as diferenças» entre um amor, à margem da necessidade das palavras, entre mãe e bebé, e as palavras onde falta o amor, dos seus pais? Como é possível fracturar a vida, que corria depressa, e haver sempre alguém que não deixe de imaginar esse período (esgotante!) como «férias de parto»?

Nada mais do que um filho nos ajuda a crescer. E ninguém mais do que ele contribui para que um casal se separe. «Não me lembro da última vez que fui ao cinema», é só uma das fórmulas com que os pais, depois dum nascimento, falam do modo como foram deixando de namorar. E entre a casa, o trabalho e os filhos cada dia parece ter pouco mais de meia hora. Mas porque é que o amor de mãe tem de ser, tantas vezes, sofrido, assim?

5. Não, não é verdade que o instinto maternal seja um requisito de base de todas as mulheres. Porque nem sempre todas as mães são boas pessoas e são bonitas. E não é verdade que, partindo dele, todas as mulheres sejam capazes de chegar bem perto do amor de mãe.

Porque nem sempre são amáveis e amantes. Nem sempre são amadas. E nem sempre um bebé chega só depois de ser chamado. E tudo isso, mais ou menos enovelado, não é amigo do amor.
E não é verdade que o instinto maternal seja um equipamento de opção, unicamente, para meia dúzia de homens. Se todos nascemos competentes para o amor, todos nascemos para ser mães. Assim nos amem e assim sejamos amadores. Assim possamos ser bonitos, bondosos e verdadeiros. E convivamos com quem seja, quase sempre, quase todo o nosso amor.

6. É tão difícil o amor de mãe! É tão frágil e tão fugaz, tantas vezes. E tão surpreendente, quando quase nada o faria supor. E é tão sagrado. Sempre! (Eu acho que são os bebés quem melhor é capaz do amor de mãe. Mas não devo dizê-lo. Suponho eu. São eles quem nos resgata para amar à margem da necessidade das palavras. E quem comprova que tudo aquilo que sabíamos sobre o amor, afinal, era verdade Mas, também acho, que se não fosse o amor de mãe muitas pessoas nunca teriam, nem de longe, uma referência para o seu amor. E se não fosse ele, depois de tantos maltratos que tantas sofreram, ao longo da História, o mundo não se teria movido - por entre todo o mal - para a vida e para a esperança, para a verdade e para o amor. Se a Humanidade cresceu a culpa é das mães. Mesmo que muitas delas suponham valer mais pelos serviços que prestam que pelo seu coração dentro dos gestos.)

Eu acho que a primeira função dum ser humano é ser mãe. Reconheço. Mas também acho que o mundo seria um lugar melhor e mais bonito se cada pessoa fosse capaz (dum pouco mais) do amor de mãe!

Crónica de Eduardo Sá (Revista Pais e Filhos)



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Nascimento...

"Viver é acalentar sonhos e esperanças, fazendo da fé a nossa inspiração maior.É buscar nas pequenas coisas, um grande motivo para ser feliz!"
Mario Quintana

Assim nasce este blog...onde as palavras serão escritas com paixão e as imagens valerão por mil palavras... o protagonista deste blog? Será o que eu quiser, o que o leitor quiser...